AH... ESSAS MINHAS BORBOLETAS!


(...) Encantei jardins suspensos e ornei os mais belos montes em múltiplas formas. Catalisei valores transformando o pó da vida numa verdadeira metamorfose ímpar nos lugares mais inacessíveis. Eu sou a compreensão dos voos perdidos num bailar multicolorido, atenuando os teus sonhos incompreendidos.
Fiz soprar a brisa acalentadora nas noites frias de tuas paixões e balanceei os teus pensamentos no saltitar de tantos embaraços confusos que pairavam em tua mente; só aí percebeste que tens o direito de vislumbrar a ponte tortuosa que atravessa o abismo e te separa e te leva à dura realidade da tua vida.
A dor que bate em teu peito é a mesma que sibila por entre as minhas asas, Marcas da liberdade que outrora perdemos por infantilidades impensadas. Foram-se e mais distantes se encontram. Tento voo, e não consigo, pois os meus dias foram abreviados, e os teus quase entraram no anel serpentário de um mundo de ilusões passageiras.
Não veio o poeta e nem o escrevinhador; só restou a sombra dos reflexos da aura dourada e branca de algum guardião na parede esquecida...

Trecho livro “Amazonas, Esplendor da Natureza”, págs. 90, 91 e 92.
Autor: Lison Costa.


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