APRESENTADOR DO DISCOVERY CHANNEL APORTA NO AM PARA GRAVAR ‘MONSTROS DO RIO’
O apresentador garante não se cansar das visitas, e
mesmo com tanta experiência acumulada aqui e ao redor do mundo, diz estar
sempre aprendendo
Jeremy Wade (foto) e sua equipe ‘acamparam’ no
Tropical Hotel para trabalhar
Há vinte anos, um inglês
se propôs a conhecer mais intimamente as profundezas dos rios amazônicos e seus
segredos por vezes desconhecidos até por caboclos da terra. Hoje, na condição
de apresentador do canal Discovery Channel, Jeremy Wade volta mais uma vez ao
local onde tudo começou para filmar um episódio do programa “Monstros do Rio” e
na oportunidade, falou de sua relação com a região, com os animais daqui e os
perigos que enfrenta e enfrentou para dar cabo ao ofício por si escolhido.
Atualmente na sexta
temporada, “Monstros do Rio” já mostrou peixes amazônicos em momentos
anteriores. Mas, a fauna dos rios é tão rica, que enseja frequentes retornos de
Wade. O apresentador garante não se cansar das visitas, e mesmo com tanta
experiência acumulada aqui e ao redor do mundo, diz estar sempre aprendendo.
“Existe tanta coisa aqui.
São mais de 3mil espécies. E apesar de conhecer a região muito bem, estou
aprendendo mais a cada visita, por isso quero sempre voltar”, afirma.
O inglês veio para
interior Amazônico pela primeira vez em 1993, antes da fama, quando se
aventurava por lugares ermos para tentar fazer matérias (escritas) e vendê-las
como freelancer.
“Passei bastante tempo
convivendo com os ribeirinhos, que me ensinaram como viver a vida no interior.
Aprendi muito sobre os mistérios do rio com eles”, diz, explicando também o
quanto a Amazônia fascina seus conterrâneos ingleses. “O pessoal lá conhece
peixes de mar. Já os de rio, não. Então existe essa curiosidade. Pouca gente
sabe que, no meio da Amazônia, existe uma cidade (Manaus) com quase dois
milhões de habitantes. Eu mesmo, antes de vir para cá, tinha opiniões
conflitantes”, relata.
O conhecimento ajuda Wade
até hoje a driblar os perigos das gravações tão próximas de criaturas
potencialmente perigosas. Quer dizer, é justamente isso que o inglês deseja
repassar por meio do programa: nem sempre as pessoas compreendem o
comportamento dos peixes, por isso os rotulam de forma errônea.
“A mensagem do nosso programa
é que muitos peixes podem ser meio assustadores, então o que devemos fazer? Nos
esconder e não entrar na água? Devemos tentar matá-los? Eu então tento entender
o peixe, pois se você conhece o comportamento dele, pode evitar futuros
problemas”.
Singularidade
O motivo do interesse
inicial de Jeremy Wade pela região amazônica tem nome: pirarucu. Para nós, um
velho conhecido. Aos olhos do estrangeiro, um “monstro” pré-histórico,
simultaneamente belo e assustador.
“Eu o acho fascinante. A
aparência dele consegue ser ao mesmo tempo bonita e aterrorizante”, descreve.
“Outro peixe curioso é o candiru. Gravamos uma vez um episódio mostrando um
cara que havia sido atacado por ele, a operação para tirar o peixe, o resultado
e tudo mais”, relembra, sem esconder a consternação causada pela memória.
Outra lembrança vívida de
Wade na Amazônia foi o acidente aéreo vivido em 2005, quando o avião em que
estava caiu no topo de algumas árvores. O espírito aventureiro, porém, nunca o
fez pensar em parar.
Impedido contratualmente
de entrar em detalhes sobre o episódio gravado nesta vinda, Wade se resume a
anunciar mudanças no programa para esta nova temporada. “As histórias estão
mais complexas”, adianta. Ainda no fim de semana, o inglês se dirigiu à
Santarém (PA), onde ainda fez mais uma rodada de filmagens. A próxima visita ao
Brasil acontece ainda este ano, porém para outra região que não a norte. O
fascínio de Wade pela Amazônia, no entanto, não deve fazê-lo demorar para
agendar um retorno.
Fonte/Foto: Loyana
Camelo - acrítica.uol.com.br/Divulgação
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