SECRETÁRIOS DA FAZENDA DISCUTEM FPE NA COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO
Secretários da Fazenda de
Estados do Norte, Nordeste e Centro Oeste estiveram reunidos na tarde desta
terça-feira (21) na sala de reuniões da Comissão de Finanças e Tributação da
Câmara Federal, com o relator da PLP 266/2013, deputado Júlio César (PSD/PI) e
com o deputado Arnaldo Jordy (MD/PA).
O Projeto de Lei
Complementar 266 de 2013, aprovado em abril no Senado, trata do novo modelo de
distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e precisa ser votado na
Câmara até o dia 23 de junho. Esta é a data fixada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) para que o Congresso Nacional vote uma nova legislação. O STF
considera a atual distribuição do Fundo de Participação dos Estados
inconstitucional e não ajuda a equilibrar as contas estaduais. O judiciário
estipulou o dia 31 de dezembro de 2012 como limite para a aprovação de uma nova
lei, mas o prazo foi prorrogado para junho.
Segundo texto aprovado
pelos senadores, nos anos de 2016 e 2017, cada Estado receberia um valor fixo -
uma espécie de piso calculado com base em 2015, acrescido da inflação
(calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA -) mais 50% da
variação real do Produto Interno Bruto (PIB) do ano. No caso de valores
excedentes, a distribuição obedeceria à população e a renda domiciliar de cada
Estado.
O deputado Júlio César
alega que os valores foram congelados pelo Senado. O parlamentar defende que o
Projeto aprovado na Câmara seja definitivo, com a mudança dos critérios de
distribuição. Júlio César alerta que a proposta do Senado precisaria ser
revista logo em 2017. Segundo ele, “estamos fazendo dezenas de simulações, para
que seja encontrada uma fórmula que se aproxime de uma realidade aceitável
pelos representantes de todos os Estados”.
Além desta divergência de
posições do Senado e da Câmara, a nova distribuição do FPE causa desconforto
entre os governos estaduais. Os mais pobres como os do Nordeste, pedem mais
recursos para acabar com as desigualdades no país. Enquanto os mais ricos, como
os do Sul, não querem perder receita e ressaltam que possuem população maior.
Para o deputado Arnaldo
Jordy, “é preciso que sejam encontrados critérios que não necessitem de
atualizações futuras”. Ele acredita que o relator está no caminho correto para
que seja alcançado o equilíbrio no pacto federativo em favor das regiões mais
penalizadas do país, acrescenta. Além de Jordy, o Pará foi representado na
reunião pelo secretário de Fazenda, José Tostes Neto.
Formação do FPE
Assim como o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), o FPE também é formado pelo Imposto de Renda
(IR) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Ele obedece a coeficientes.
Em média, 85% desse Fundo vai para as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.
Sul e Sudeste ficam com os outros 15%. Outra semelhança com o FPM é que muitos
Estados têm o FPE como principal fonte de receita.
Apesar da urgência, a data
de votação do PLP na Câmara ainda não foi definida e possivelmente sairá na
próxima semana. Depois de aprovado na Câmara, o PLP ainda precisa voltar ao
Senado. Lá, os senadores poderão aceitar ou rejeitar as mudanças dos deputados
e logo depois remeter a proposta à Presidência da República.
Fonte/Foto: Assessoria
de Comunicação - Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
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