RESGATE CULTURAL E GERAÇÃO DE RENDA
Comunidades vislumbram mercado consumidor
Orgulho de suas raízes e
perspectivas de um mercado promissor. É assim que as comunidades beneficiadas
pelo projeto de Educação Ambiental e Patrimonial desenvolvido pela Mineração
Rio do Norte, em parceria com a STCP, trabalham agora.
Nesta quinta-feira (24), o
grupo se reuniu em Porto Trombetas, Oriximiná, para o fechamento do primeiro
ciclo do projeto (período em que foram realizadas oficinas de aprimoramento da
técnica de produção do artesanato), e início de um novo momento, onde o foco
será a conquista do mercado regional, que garantirá a geração de renda contínua
para os artesãos.
As atividades de hoje
começaram com uma palestra sobre os avanços alcançados na técnica de produção
das cerâmicas através dos cursos realizados nos últimos meses. “Eles já
assimilaram bem os conceitos e práticas do projeto. A valorização da cultura,
que é uma das propostas do projeto, eles já desenvolveram. Agora, o próximo
passo, é empreender. O comprometimento deles é excelente”, afirma Regina
Cavalcanti, que coordena as ações pela STCP.
O envolvimento das
comunidades no projeto é feito por meio de ações educativas com foco na
preservação de sítios arqueológicos, realização de cursos de capacitação em
artesanato, valorização do artesanato produzido pela comunidade através da
comercialização e exposição em feiras, entre outras ações, dinâmica que foi
capaz de envolver Luci Maria Constantino, da comunidade Curuçá. “A produção das
peças é uma tradição na família. Quando eu era menina, via minha mãe trabalhar,
mas não me interessava. Depois, quando ela já estava mais velha, eu ajudava, às
vezes, mas a gente não tinha informação. Não tinha uma produção certa. Quando
começou o projeto, trouxeram informações e gente começou a reservar o barro, a
mexer com a massa e agora até vendo minhas peças. Vai ter um evento na
comunidade Jamari e vou vender lá também”, adianta.
As cerâmicas variam entre
R$ 10 e R$ 50, dependendo do tamanho da peça. As comunidades também fazem
artesanato por encomenda. E é pensando nesse futuro que Elizana Salgado, 14
anos, neta de Luci Maria, ingressou no projeto. A dificuldade inicial para
dominar a técnica não a impediu de prosseguir. “Vi as pessoas fazendo e gostei.
No começo é mais difícil. Às vezes o barro desmancha e temos que começar de
novo. Tem que ter paciência e vontade de fazer”, garante a adolescente.
O grupo encerrou suas
atividades desta quinta-feira na Casa da Memória da MRN, onde reviram o início
das atividades de mineração e aprenderam melhor sobre o trabalho de salvamento
arqueológico que resultou no projeto de preservação do patrimônio histórico que
as comunidades agora ajudam a preservar.
Fonte: Érica
Bernardo - Analista de Comunicação - MRN
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