COMISSÃO PASTORAL CRITICA STF POR ANULAR JÚRI


A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular o julgamento de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida (foto), condenado pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, revoltou a Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Regional Norte 2, Pará e Amapá.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (15), a comissão acusa o STF de cair em uma manobra dos advogados de defesa do acusado. “É um absurdo, pois só reforça ainda mais as armações dos advogados de defesa de mandantes de crimes no campo no sentido de impedir que a justiça seja feita”, diz um trecho do documento.
Com a decisão do Supremo, Bida, irá a júri pela quarta vez. “Uma vergonha! Situação que parece mais com enredo de novela do que com atuação de justiça séria. Fato que só aumenta o descrédito da sociedade em relação ao poder judiciário”, segue a nota.
Para a CTP, uma decisão como essa fortalece ainda mais a situação de impunidade que prevalece em relação aos crimes praticados contra os trabalhadores rurais e suas lideranças, a mando de latifundiários.
“Caberá agora, ao Poder Judiciário paraense, marcar nova data para o julgamento e manter o acusado preso. Bida, o Coronel Pantoja e o Major Oliveira, são os únicos mandantes de crimes no campo, condenados pela Justiça paraense, e que se encontram cumprindo pena, num universo de mais de 800 assassinatos ocorridos no Pará nas últimas décadas”, acusa a comissão.
Fonte/Foto: Jorge Luís Rodrigues – DOL/Keilon Feio

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