AGENDA POSITIVA BENEFICIA MUNICÍPIOS MINERADORES
“O modelo antigo de exploração mineral ficou
pra trás. Hoje você trabalha na linha proativa e traz o real desenvolvimento
local, com atividades sustentáveis e permanentes. Essa é a forma moderna de se
fazer mineração.” A afirmação é do gerente executivo do Instituto Brasileiro de
Mineração (Ibram) na Amazônia, Ronaldo Lima, e se refere aos investimentos
feitos por empresas mineradoras nos municípios onde atuam. Denominadas também
de Agenda Positiva, as ações fazem parte de um protocolo de intenções estabelecido
em conjunto com as prefeituras municipais e representantes da sociedade civil.
Esta é uma estratégia recente e resultado da
evolução no processo de licenciamento ambiental e instalação dos
empreendimentos de mineração. No Pará, o primeiro caso efetivo de Agenda
Positiva ocorreu com a Alcoa e a implantação do projeto de beneficiamento de
bauxita em operação há três anos no município de Juruti (PA), oeste do Estado.
“Antes mesmo da instalação foram realizadas audiências públicas, dentro do
processo de licenciamento ambiental, onde a prefeitura local e comunidades das
áreas de influência do projeto relataram todas as melhorias que achavam
necessárias, em setores como transporte, saúde, educação”, conta Ronaldo. A partir dessa percepção, a empresa sentiu a
oportunidade de trabalhar suas ações de responsabilidade social alinhadas às
necessidades das comunidades.
A Agenda Positiva se incorpora às políticas
públicas regionais e complementa as ações compromissadas no processo de
licenciamento ambiental. “É uma relação estreita. Hoje a sociedade está
bastante informada para reivindicar e priorizar investimentos. A falta do
processo participativo pode resultar em maiores problemas sociais”, acrescenta
o gerente executivo do Ibram.
Dessa forma, a presença de mineradoras tem
representado novas expectativas não apenas para os trabalhadores, mas também
para toda a população local. Um exemplo é visível nos dados apresentados pelo
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), um estudo anual que
acompanha a evolução de todos os 5.564 municípios brasileiros em três áreas:
emprego e renda, educação e saúde. Parauapebas e Ourilândia do Norte, que
possuem jazidas minerais, ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro
lugares no ranking IFDM 2011 relativo ao Pará, atrás apenas da capital Belém.
Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
o índice de analfabetismo de Parauapebas, que tem quase 30 anos de operação
mineral, caiu pela metade em relação ao aferido em 2000, passando de 16,3% a
8,1%.
“O Ibram vê com bons olhos essa mudança de
atuação porque representa exatamente o que desejamos para o setor mineral e
especialmente para a Amazônia. Apesar de outros estados já terem atividade de
mineração há mais tempo, o Pará sai na frente na iniciativa de Agendas
Positivas em consonância com o conceito de sustentabilidade, onde o poder
público precisa de auxílio para garantir a estrutura necessária aos
empreendimentos”, ratifica o gerente executivo.
Juruti
Sede de uma das maiores
reservas minerais do estado, Juruti, no oeste paraense, já contabiliza
melhorias na região. Com uma agenda positiva de R$ 68 milhões em investimentos
pela Alcoa e construída em parceria com a Prefeitura e a Câmara Municipal, a
população de Juruti conta hoje com um novo hospital inteiramente equipado para
atender inclusive casos de média complexidade totalmente integrado ao sistema
público de saúde e garantindo atendimentos pelo SUS, a sede do Conselho Tutelar
para ações de proteção à crianças e adolescentes, o Complexo Judiciário que
ajudou a elevar o município à condição de Comarca, e a construção de poços
profundos na cidade e microssistemas de abastecimento de água em comunidades
rurais, melhorando o acesso à água de qualidade. Também houve investimentos em
educação, com a capacitação de professores nos programas de Educação Ambiental
e de Atendimento Educacional Público, e em infraestrutura com aquisições de
caminhões compactadores de lixo, construção de 16 salas de aulas, drenagens de
ruas e a reforma e equipamento para o Hospital Municipal Francisco Rodrigues
Barros. A Agenda Positiva de Juruti tem sido conduzida com base no diálogo
contínuo com a população, para garantir a atualização das necessidades da
comunidade e identificar as demandas prioritárias. O pacote de ações contempla
as áreas de saúde, educação, cultura, segurança e justiça, assistência social,
infraestrutura (rural e urbana) e meio ambiente. Hoje, das 54 ações, das quais
46 já executadas, duas em andamento e seis a serem iniciadas.
Fonte: Juliana
Gatto - Temple Comunicação
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