ACONTECE NA AMAZÔNIA: TUBARÃO, RIO SUBTERRÂNEO, ANACONDA; MITOS E VERDADES DO RIO AMAZONAS – PARTE III
Hamza: o rio
subterrâneo
Em 2011, a existência de
um rio subterrâneo a 4 mil metros abaixo da maior bacia hidrográfica do mundo
foi divulgada em estudo do Observatório Nacional. O rio nasce no Peru, na
Cordilheira dos Andes, onde o fluxo da água segue na vertical, sendo drenado da
superfície para até dois mil metros de profundidade.
Depois, próximo ao Acre, o
curso fica na horizontal e segue o percurso do Rio Amazonas, no sentido oeste
para o leste, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, até chegar
no Oceano.A pesquisa faz parte do trabalho de doutorado da professora da
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Elizabeth Tavares Pimentel. A
coordenação do estudo é do pesquisador indiano Valiya Hamza, que originou o
nome do rio subterrâneo. A descoberta é baseada na identificação de sinais
térmicos típicos de movimentos de fluidos em meios porosos provenientes de 241
poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980.
Os dois cursos d’água têm
o mesmo sentido de fluxo – de oeste para leste -, mas se comportam de forma
diferente. Enquanto a vazão média do rio Amazonas é estimada em cerca de 133
mil metros cúbicos de água por segundo, a vazão do rio subterrâneo é estimada
em 3.090 metros cúbicos por segundo. Na largura, o rio Amazonas varia de 1 a
100 quilômetros e o rio Hamza, de de 200 a 400 quilômetros.
Estima-se que o rio
subterrâneo siga até 150 km dentro do oceano Atlântico e diminua os níveis de
salinidade do mar, já que os sedimentos encontrados nesta faixa de água são
característicos de água doce, além de peixes que não sobreviveriam em água
salgada.
Acompanhe, amanhã, a parte IV: Anaconda.
Fonte/Fotos:
Portal Amazônia/Chico Batata – Shutterstock - Divulgação
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