PREFEITURA DE BELÉM: MPF ACUSA GESTÃO DUCIOMAR DE DESVIAR R$ 3 MILHÕES
O Ministério Público
Federal (MPF) entrou com ação por improbidade administrativa, nesta terça-feira
(16), na Justiça Federal, contra o ex-prefeito de Belém Duciomar Costa (foto) e
ex-dirigentes da prefeitura por desvio de R$ 3 milhões em recursos federais que
deveriam ter sido destinados à implantação de 30 laboratórios de informática
para estudantes de escolas públicas.
A acusação foi feita pelo
procurador regional da República José Augusto Torres Potiguar, que delatou por
enriquecimento ilícito e prejuízo aos cofres públicos o ex-prefeito, a ex-chefe
de gabinete, Sílvia Randel, a ex-diretora administrativo-financeira da
prefeitura, Elizabeth Pereira, o ex-presidente da comissão de licitações, Alan
Dionísio Leão Sales, o ex-assessor especial da prefeitura Sérgio de Souza
Pimentel, e mais outros três integrantes da gestão Duciomar. A empresa Aplicar
Serviços Especializados de Pesquisa e Tecnologia e alguns de seus integrantes
também foi acusada.
O MPF pediu à Justiça
Federal que o grupo seja obrigado a devolver os recursos aos cofres públicos.
Potiguar também solicitou na ação que seja decretada a perda da função pública
dos acusados e que os direitos políticos de todos sejam suspensos por até oito
anos. Também foi pedido que durante 10 anos todos sejam proibidos de fazer
contratos com o poder público e que sejam obrigados a pagamento de multa
equivalente a até cem vezes a última remuneração que receberam da prefeitura.
FRAUDES
Com base em tomada de
contas do Tribunal de Contas da União (TCU), a ação judicial registra que as
irregularidades foram detectadas na aplicação dos recursos federais
transferidos ao município por meio do Programa de Inclusão Digital, Ministério
da Ciência e Tecnologia. Houve direcionamento na licitação e diversos outros
tipos de fraudes nos processos de contratação de bens e serviços,
superfaturamento, irregularidades em pagamentos e utilização de documentos
falsos.
Até uma tentativa de
enganar a equipe de auditoria do TCU foi relatada pelos auditores no relatório
citado pelo MPF: "Na tentativa de ludibriar os analistas que fiscalizavam
a aplicação dos recursos do convênio, em 9 de novembro de 2006 foram
apresentados, em um depósito da prefeitura, equipamentos como se fossem os
decorrentes da contratação, entretanto, observou-se que os mesmos não
correspondiam ao objeto do convênio".
Fonte/Foto: DOL,
com informações do MPF/Arquivo
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