VIDA REAL: CONSELHO TUTELAR DENUNCIA REDE DE TRÁFICO HUMANO EM ALTAMIRA, PA
Jovens de Santa Catarina seriam aliciadas por rede de
prostituição no Pará. Garotas eram mantidas em regime de cárcere privado.
O Conselho Tutelar de
Altamira, no sudoeste do Pará, denuncia a existência de uma rede de tráfico
humano no município. De acordo com a conselheira Lucenilda Lima, pelo menos 12 jovens
eram forçadas a se prostituir em uma boate localizada próximo ao sítio
Pimental, um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte.
As jovens seriam aliciadas
com a promessa de uma renda de R$ 14 mil por semana, mas ao chegarem no Pará
eram mantidas em regime de cárcere privado, vigiadas por capangas armados.
"Elas ficavam trancadas em quartos sem ventilação, e já chegavam devendo
R$ 3 mil da passagem aérea", conta a conselheira.
Quatro jovens e uma
adolescente de 16 anos foram resgatadas pelas Polícias Civil e Militar na noite
desta quarta-feira (13). Dois funcionários da boate, o gerente e o capataz
foram presos em flagrante. A polícia apreendeu
um caderno que serviria para registrar as dívidas das aliciadas. O proprietário
do estabelecimento e a esposa conseguiram fugir.
Segundo informações do
delegado Lindoval Ferreira Borges, nesta quinta-feira (14) a polícia deve
retornar ao local para resgatar o restante das jovens. "Num primeiro
momento, vamos ouvir as adolescentes e depois mandá-las para casa", disse
o delegado Rodrigo Spessato.
O caso está sendo apurado
pela delegacia do Xingu. A adolescente e outra jovem já prestaram depoimento à
polícia. Outras três vítimas devem ser ouvidas ainda hoje.
O Conselho Tutelar irá
solicitar ao Ministério Público Federal que as vítimas resgatadas da boate
sejam incluídas em programas de proteção à testemunha.
Fonte/Foto: g1.globo.com/Mário
de Paula – TV Liberal
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