COMUNIDADES BANHADAS PELO RIO JAVARI COMEÇAM A SENTIR OS EFEITOS DA CHEIA, NO AMAZONAS


As comunidades Palmeira do Javari, Vila Nova e São Sebastião são algumas atingidas. Além delas, parte de Benjamin Constant já está sendo invadida pelas águas. A subida dos rios já isolou comunidades em Apuí (a 220 quilômetros de Manaus)
Alguns bairros do município de Benjamin Constant (município localizado a 1.116 quilômetros de Manaus) estão começando a sentir os efeitos da cheia (foto). Há mais de uma semana, eles começaram a ser invadidos pelas águas do rio Javari.
Para tentar amenizar o problema, a prefeitura do município tem realizado algumas ações preventivas como, por exemplo, a construção de pontes nas residências. O bairro mais atingido é Javarizinho. As comunidades Palmeira do Javari, Vila Nova e São Sebastião, que ficam localizadas às margens do Rio Javari, também estão sendo invadidas pela água.
O fluxo do Rio Javari é determinado pelo Rio Solimões. Na área, tem ocorrido intensas chuvas durante o último mês. Mas autoridades afirmam que o estado das comunidades e bairros não é de calamidade.
A Defesa Civil do Estado acompanha o processo de enchente nas diversas calhas de rios da bacia amazônica  e avalia que os processos estão dentro da normalidade para o período, sendo necessário apenas o acompanhamento sanitário e de prontidão para retirada de populações ribeirinhas.
Isolamento
A cheia dos rios castiga municípios do Amazonas, principalmente os da Região Sul, e já isolou comunidades em Apuí (a 220 quilômetros de Manaus).
Comunidades localizadas ao longo da rodovia Transamazônica (BR-230), por exemplo, estão isoladas há uma semana porque o rio Roosevelt, no trecho localizado a 130 quilômetros da sede municipal, transbordou. O rio está mais de dois metros acima do nível da rodovia. Carros, ônibus e caminhões estão parados em uma fila de, pelo menos, um quilômetro na Transamazônica. Os motoristas montaram acampamento na rodovia porque não têm como seguir viagem.
Manaus
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o rio Negro, em Manaus, começou a subir no dia 28 de novembro. Estudos feitos pelo órgão demonstram que 76% das cheias em Manaus ocorreram em junho, 19% em julho e apenas 6% em maio. Em contrapartida, 43% tiveram o valor mínimo anual no mês de outubro, 35% em novembro, 10% nos meses de janeiro e dezembro e 1% nos meses de fevereiro e setembro. No ano anterior, a cheia chegou a ser recorde e atingiu a área central de Manaus.
Fonte/Foto: acrítica.com/Eduardo Gomes

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