NO PARÁ, ALUNOS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO SÃO DESTAQUE EM VESTIBULARES


O diretor de Ensino Médio da Seduc, Licurgo Peixoto, destaca os programas desenvolvidos pelo Estado para garantir o acesso dos estudantes ao ensino superior
 As dificuldades financeiras não foram páreo para o estudante Hian Oliveira (foto), 17 anos, aluno da rede estadual do ensino que, como tantos, teve destaque em vestibulares no Pará e até fora do Estado. Ele conquistou duas vagas em universidades públicas de destaque, nas universidades federais do Pará (UFPA) e do Rio de Janeiro (UFRJ).
O jovem foi aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dilma Catete, onde participava das aulas complementares dos projetos da escola. Ele ampliou os estudos em um cursinho pré-vestibular particular. “Comecei o ano letivo bem motivado, mas a partir do segundo mês apareceram alguns problemas, pois minha mãe ficou desempregada. Precisava de dinheiro para o transporte e alimentação, porque não tinha tempo de voltar em casa”, conta.
Foi quando Hian, que ajudava na produção de bombons caseiros de chocolate que eram distribuídos na igreja, decidiu fazer as iguarias por conta própria, e com ajuda da mãe, Laura Dias, começou a vendê-las na escola. “Vendia os bombons de manhã na escola e, à tarde, no cursinho. Precisava vendê-los para ter a quantia necessária para poder assistir a uma palestra, comprar livros e até pagar a mensalidade do cursinho”, diz ele, revelando que hoje a produção de bombons é a principal fonte de renda da família.
Outro destaque da escola Dilma Catete foi a estudante Jakeline Correa, 18 anos, aprovada no curso de engenharia de alimentos da UFPA. Com muitas faltas na escola, ela não acreditava na aprovação. “Tive muitos problemas durante o ano e achei que não ia passar. Tive de me preparar somente com o conteúdo da escola e as aulas complementares, já que faltei devido às obrigações de casa”, revela a jovem, que obteve 580 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A escola Dilma Catete foi a instituição de ensino publico que mais aprovou no Enem. Na turma de terceiro ano, de 23 alunos, oito foram aprovados em universidades públicas e privadas. “A escola acredita no aluno. A direção e o corpo técnico são oriundos de escolas públicas e acreditam nela. Investimos em projetos para que essa turma, que tinha excelente nível, pudesse ingressar nas universidades”, afirma a técnica pedagógica da escola, Maria Helena Gemaque.
Fonte/Foto: Agência Pará de Notícias

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