PESQUISADORES CAPTURAM PELA PRIMEIRA VEZ PRIMATAS RAROS EM RESERVA DO AMAZONAS

Foi a primeira captura de primatas deste gênero em vida livre na Amazônia, informou a bióloga Fernanda Paim, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Ecologia de Vertebrados Terrestres do Instituto Mamirauá
Vinte 'macacos-de-cheiro' foram capturados por pesquisadores do Instituto Mamirauá e da Universidade Federal do Pará na semana passada. A divulgação só foi feita nesta quarta-feira (28) pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. A captura ocorreu na própria reserva.
"Foi a primeira captura de primatas deste gênero em vida livre na Amazônia", afirmou a bióloga Fernanda Paim, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Ecologia de Vertebrados Terrestres do Instituto Mamirauá.
De acordo com a pesquisadora, as informações obtidas com as capturas vão gerar dados sobre a biologia da reprodução dos macacos-de-cheiro. Os dados, segundo ela, serão utilizados para a criação de técnicas para a conservação da espécie.
Fernanda Pain afirma que a espécie se encontra em risco de perda de habitat e consequente, diminuição de sua distribuição geográfica, "em decorrência das mudanças climáticas globais”.
Uma das espécies de macaco-de-cheiro capturadas, /Saimiri vanzolinii/, apresenta a menor distribuição dentre os primatas neotropicais, com apenas 870 km².
Em virtude disso, os pesquisadores irão coletar e congelar células reprodutivas da espécie. "O projeto também prevê o estudo de alternativas para realização da fertilização /in-vitro/ (fecundação de óvulos por espermatozoides em laboratório) e a transferência de embrião para mães de aluguel”, afirmou Helder Queiroz.
Os animais capturados foram anestesiados para coleta de material genético (sangue e pelo) e biometria, e liberados assim que os veterinários constataram que estavam totalmente recuperados dos procedimentos.
A análise do material fornecerá informações sobre a genética das populações de macacos-de-cheiro da Reserva Mamirauá.
“/Saimiri vanzolinii/ é uma espécie endêmica, com distribuição muito pequena e sobreposta em alguns pontos com a da espécie vizinha (macaco-de-cheiro-comum). Essa análise poderá confirmar a existência de híbridos em vida livre e contribuir para a formulação de novas estratégias de conservação”, afirma a pesquisadora Fernanda Paim.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá foi criado em maio de 1999. É uma Organização Social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência,  Tecnologia e Inovação (MCTI), atuando como uma das unidades de pesquisa do MCTI.

Fonte/Foto: acrítica.com/Divulgação


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