PARÁ: CINCO MUNICÍPIOS PODEM MUDAR PREFEITOS ELEITOS
A eleição ainda não acabou em pelo menos cinco
municípios do Pará. As razões não são o segundo turno, como vai acontecer em
Belém, mas o julgamento de recursos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nestes municípios os
resultados das urnas deram vitória a candidatos que ainda têm recursos sendo
julgados e por isso seus votos não foram computados. Em Santa Bárbara do Pará,
Água Azul do Norte, Marituba, São João da Ponta e Monte Alegre os nomes
divulgados como novos prefeitos no domingo, 7 de outubro, ainda poderão ser
alterados.
Alterações já foram feitas
nos resultados das votações de Tailândia e de Nova Esperança do Piriá. Até
ontem, 9, pela manhã a prefeita eleita em Tailândia era Higia Frota, do PMDB,
com 7.884 votos. Pouco antes de meio dia o TSE corrigiu o resultado e declarou
eleito Rosinei Pinto de Souza, o Ney da Saúde do PSD, que obteve 17.524 votos.
Em Nova Esperança do Piriá, Nilton, do PT, dormiu prefeito e acordou deposto. O
TSE também julgou o recurso de Maria de Sousa Oliveira, do PSDB, que teve seus
6.345 votos finalmente validados.
O TSE já prometeu dar
prioridade nesta semana ao julgamento de recursos que envolvem candidatos às
eleições de 2012 impugnados pela Lei da Ficha Limpa. O tribunal informou que
não será possível julgar todos os recursos, mas haverá esforço concentrado para
acelerar as decisões. Depois do TSE, os candidatos podem ainda recorrer ao
Supremo Tribunal Federal (STF).
OUTROS
O julgamento no TSE pode
mudar resultados das eleições em municípios onde candidatos barrados pela lei
tiveram contagem de votos suficientes para serem eleitos ou para disputar o
segundo turno, em 28 de outubro. A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia,
explica que os candidatos com pendências no Tribunal não devem ter os votos
invalidados até que a decisão da Justiça seja definitiva. Estes recursos podem
se referir tanto a impugnações baseadas na Lei da Ficha Limpa, quanto a outras
irregularidades.
Se incluem nesta situação
os candidatos Ciro Souza Goes (PSD), de Santa Bárbara do Pará, que obteve 5.103
votos ainda não computados contra o candidato Marcão (PSDB), declarado eleito
com 3.457 votos; José Lourenço de Oliveira Amaral (PSB), de Água Azul do Norte,
que obteve 4.162 votos contra Deusmir (PT), com 2.941 votos; Mário Henrique de
Lima (PSD), que obteve 27.486 votos nas urnas e aguarda o julgamento de seu
recurso. Se o resultado for positivo, poderá ser declarado prefeito de
Marituba, já que seu concorrente, Antônio Armando (PSDB) obteve 13.958 votos;
Orleando Alves Feitosa (PSD), que pode conseguir a vaga em São João da Ponta
com 41 votos a mais que Nelsão do PT, se seu recurso for aceito; e a reeleição
de Jardel Vasconcelos do Carmo (PMDB), em Monte Alegre, caso sejam considerados
seus 12.521 votos obtidos nas urnas.
No total no Pará restam
ser julgados 17 recursos de candidatos a prefeitos.Em todo o país foram mais de
6,9 mil processos recebidos pelo tribunal, dos quais cerca de 3,6 mil estão com
julgamento pendente. No caso da Lei da Ficha Limpa, há 2.247 recursos no TSE,
dos quais 764 foram julgados até o momento.
NULOS
E ontem mesmo o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) divulgou, no início da tarde, os votos dos candidatos
com votação anulada ou o registro de decisão judicial. Eles aparecem com
votação zero no resultado das eleições deste ano. No Pará, candidatos a
prefeitos e vereadores de 77 municípios tiveram votos anulados e ficaram fora
da eleição.
Em Belém o caso que mais
chama a atenção é o do vereador Nadir Neves (PTB), que obteve 3.953 votos, mas
ficou de fora da Câmara porque estava com a candidatura indeferida por supostas
ilegalidades vinculadas à sua conduta nas eleições 2006.
Em Breves, o candidato a
prefeito Luiz Furtado Rebêlo, perdeu 12.008 votos. A candidata a prefeita de
Bujaru, Solange Cristina Cerqueira Muniz teve os seus 4.395 votos também
anulados. Em Marabá, Maurino Magalhães de Lima, obteve 9.740 votos e Astrid
Maria da Cunha e Silva, candidata a prefeita de Viseu, obteve 9.148 votos.
Todos nulos, segundo o TRE.
Fonte/Foto:
DOL/Wilson Pedrosa
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