STF DÁ LIBERDADE A RÉU CONDENADO PELA MORTE DE DOROTHY STANG
Regivaldo
Galvão durante o julgamento
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Tribunal
concedeu liminar favorável a fazendeiro, que está preso no PA.
Regivaldo
Galvão irá aguardar julgamento de recurso em liberdade.
O
Supremo Tribunal Federal concedeu nesta terça-feira (21) liminar em habeas
corpus para o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, condenado a 30 anos de
prisão pelo envolvimento na morte da missionária Dorothy Stang em 2005.
Segundo
o advogado de Regivaldo, Jânio Siqueira, o STF entendeu que a prisão do
fazendeiro foi baseada no fato do tribunal do júri haver concluído pela culpa
provisória do acusado, esquecendo que a sentença condenatória só poderia ter
sido executada quando não houvesse mais recursos pendentes da defesa contra a
condenação de Regivaldo.
Regivaldo
Galvão está preso em Altamira, no sudoeste do Pará, desde setembro de 2011,
quando se apresentou espotâneamente à polícia.
O
TJ do Pará e o sistema penitenciário do estado devem ser comunicados oficialmente
da decisão à partir de quarta-feira (22), para que o réu seja colocado em
liberdade provisoriamente, até o julgamento do mérito do recurso.
Entenda o caso
A
missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta a tiros em 12 de fevereiro
de 2005, em Anapu (PA). Segundo a Promotoria, a missionária foi assassinada
porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em
terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região.
Outros
quatro acusados de participação no caso, entre executores e mandantes, foram
julgados e condenados a penas que variam de 17 a 27 anos de reclusão.
O
fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão foi condenado a 30 anos reclusão no dia 30
de abril de 2010. Na sentença, o juiz Raimundo Alves Flexa, da 2ª Vara do
Tribunal do Júri, decretou a prisão preventiva do réu.
O
fazendeiro foi beneficiado por uma liminar da desembargadora Maria de Nazaré
Gouvêa para aguardar o julgamento do recurso de apelação em liberdade
provisória. A decisão foi confirmada, em junho de 2010, pelas Câmaras Criminais
Reunidas do Pará, e em maio de 2012 pelo
Superior Tribunal de Justiça.
Fonte/Foto: G1 PA/ Reprodução - Globo News
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