ITAITUBA: MP ENTRA COM AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL CONTRA CANDIDATO A PREFEITO
Itaituba-PA |
O
Ministério Público Estadual, por meio da promotora eleitoral Mariela Corrêa
Hage, ajuizou, ontem, dia 24, à juíza da 34ª zona eleitoral, ação de
investigação judicial eleitoral (Aije) contra o candidato a prefeito Valmir
Climaco de Aguiar e a vice-prefeita, Sueli Aguiar, ambos da coligação “Todos
por Itaituba” por abuso de poder político e econômico. No dia 21 deste mês, a
promotora Mariela Hage recebeu informações sobre distribuição de combustíveis
pelo candidato em alguns postos do município. A situação foi verificada pela
promotora que constatou a presença de um aglomerado de pessoas abastecendo
motos e veículos no centro do município. Com uma fila que dobrava o quarteirão,
a maioria dos veículos apresentava propaganda com camisa, faixa e adesivo
referentes ao candidato. Abordados por Mariela Hage, os funcionários do posto
afirmaram que os veículos estavam sendo abastecidos a mando dos candidatos
Valmir Aguiar e Sueli Aguiar para carreata.
No
local, um empresário da cidade carregava um caderno com anotações de nomes de
pessoas e valores em dinheiro, que possivelmente foram distribuídas às pessoas
que abasteceram seus veículos.
Viaturas
da polícia militar foram acionadas para dispersar a multidão e garantir que
nenhum veículo fosse abastecido. A distribuição de combustível ocorreu também
em um posto no quilômetro três da rodovia Transamazônica, situação verificada
pela promotora que se dirigiu ao local acompanhada de viatura da polícia
militar. O candidato Valmir Aguiar, que se encontrava no interior de um dos
veículos, foi advertido e admitiu a prática. Na petição inicial da ação de
investigação judicial eleitoral estão anexadas fotografias e depoimentos de
seis testemunhas, incluindo policiais que acompanharam a promotora, o
empresário e os dois proprietários dos postos de gasolina. Ao final da ação, o
MInistério Público requer seja decretada a inelegibilidade por oito anos dos
candidatos que se beneficiaram com a prática ilícita e cassação de seus
registros.
Fonte: mp.pa.gov.br
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