SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FARO-PA ESTÃO EM ESTADO DE GREVE
Da Redação
Na terça-feira, 22, os servidores públicos do
município de Faro, entraram em estado de greve e saíram nas ruas da cidade
protestando contra possíveis cortes salarial na área da educação e saúde.
A manifestação nas ruas da
cidade foi organizada pelo SINDFARO, sindicato que agrega os servidores da
Prefeitura do município. Na caminhada, os servidores da saúde e educação,
fizeram uma manifestação pacífica em frente a Prefeitura Municipal, Fórum local
e Câmara legislativa, onde foram recebidos pelos vereadores do município e o
presidente da câmara, vereador Francivaldo Feijó, declarou apoio ao movimento.
Segundo o presidente do
SINDFARO, Enéas Torres, a reivindicação dos servidores é quanto aos rumos
determinados pela atual administração quanto à política salarial dos servidores
e também na condução das atividades do Executivo. Os servidores querem o pagamento
dos salários em dia e que não sejam cortadas as gratificações adicionais.
O estado de greve será
mantido pelos servidores do município de Faro, até que a prefeita Marinete
Machado sente para negociar com o SINDFARO, se caso não haja uma negociação que
atenda as reivindicações, o movimento passará a adotar a greve dos
funcionários.
PREFEITURA – A prefeita de
Faro, Marinete Machado, disse a reportagem do jornal Tribuna da Calha Norte,
que o município de Faro precisa se ajustar a real situação financeira com a
perda nos recursos federais, que eram de 1,2% e passou para 0,6% na
arrecadação. “Eu ainda não tomei nenhuma medida radical para baixar esse
percentual de folha, que hoje chega a mais de 74% dos recursos, e a lei de
responsabilidade fiscal diz que a gente não pode passar dos 54%”, falou a
prefeita, alegando que os servidores estão reivindicando uma série de vantagens
que o município não tem condições de pagar.
Quanto a cortes
financeiros na folha de pagamento, a prefeita Marinete disse que isso não foi
realizado, com exceção da Regência de Classe, “consultamos nosso jurídico e
constatamos que a Regência de Classe já é embutida no piso nacional, e o
município paga o piso nacional”, acrescentou a prefeita, complementando que,
“agora, realmente que o município terá que se ajustar a atual situação
financeira não tem jeito, porque se não regularizar isso quem vai responder sou
eu (Marinete) perante o Tribunal de Contas”.
Marinete Machado falou que
não é uma questão de gestão na prefeitura de Faro, é porque perdeu muito nos
repasses dos recursos federais, caiu pela metade e permanece com mais de 600
funcionários concursados. “O grande problema no município de Faro é uma folha
de funcionários muito alta, onde o recurso da educação não consegue honrar o pagamento
em dia com a folha, a saúde também não consegue porque o dinheiro que é
disponível pra pagamento não é suficiente, até mesmo, específico na área de
educação, onde é a maior insatisfação, o Fundeb não consegue cobrir todas as
despesas e o recurso não é simplesmente apenas para pagar professores, ele é
para manutenção de escolas, comprar material e os valores que vem mensalmente
pra Faro não é suficiente”.
A Prefeita disse ainda que
nos ajuste da folha precisa ser bem esclarecida, como exemplo, a pessoa que fez
concurso público para o nível médio e após estar trabalhando conclui o ensino
superior exige que o salário seja reajustado em 50% por conta da escolaridade
de nível superior, que segunda Marinete isso é inconstitucional, pois nesse
caso a pessoa tem que fazer um novo concurso público para poder ganhar com o
nível superior.
Marinete finalizou dizendo
que pelo que entende do estado de greve, se trata de politicagem para algumas
pessoas se aproveitarem politicamente, pois a própria prefeita já sentou com o
sindicato e com o funcionalismo da educação, mostrou a real situação financeira
do município, inclusive apresentando os extratos bancários dos meses de setembro,
outubro, novembro e dezembro, comprovando que não tem como pagar a folha, mesmo
assim não serviu de nada. A prefeita confirmou que os salários estão sendo
pagos com atraso, que chega até 20 dias, mas não está acumulando para o mês
seguinte os pagamentos, o que existe atrasado é da folha de pagamento da gestão
anterior que até hoje o município não conseguiu pagar.
Fonte/Fotos:
tcnnews.com.br/Zilton Fioravante
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