JACARÉ-AÇU DE 3,4 METROS É CAPTURADO EM CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA


A aparição de uma fêmea da espécie de jacaré-açu (gênero Melanosuchus niger), medindo 3,4 metros, na praia das Gaivotas, em Conceição do Araguaia, causou surpresa e pânico em muitos frequentadores do local. Banhada pelo rio Araguaia e cercada por extensas áreas verdes, Conceição do Araguaia é a cidade mais bucólica da região sul do Estado e costumeiramente os moradores se deparam com animais silvestres na área urbana ou em suas proximidades. Mas não com espécie tão voraz e assustadora, a maioria são mamíferos, aves e pequenos roedores.
Mas ontem foi diferente. Apesar de algumas espécies de jacarés serem comuns nos rios da região e em toda a Amazônia, a aparição surpreendeu e assustou todo mundo. O réptil estava em um poço, em frente ao Beiradeiro, local de grande fluxo de pessoas.
Intimidados e com muito medo da presença do bicho, os moradores acionaram o Pelotão de Meio Ambiente da Polícia Militar (Peloma), que pediu auxílio ao Ibama para realizar a contenção e a operação de resgate do animal.
CAPTURA
Num trabalho arriscado e que exigiu muita atenção, os agentes ambientais utilizaram uma rede, apropriada para capturar grandes espécies, e cercaram o animal até conseguir imobilizar o bicho. A operação demorou algumas horas e foi acompanhada por um expressivo número de curiosos.
Segundo relatos de testemunhas, o bicho já havia atacado um cachorro para se alimentar. Após ser imobilizado, o réptil, já visivelmente cansado, foi examinado por um veterinário e recebeu antibiótico para sua revitalização. O jacaré-açu foi transferido com segurança em um veículo do Ibama até o lago da Reserva Ambiental do Peloma, local apropriado para a espécie habitar e reproduzir, já que está ameaçada de extinção.
Participaram da operação o subtenente Calumby, comandante do Peloma, os soldados Falken e Ralf, o chefe local do Ibama, Ricardo Almeida e o fiscal ambiental Wyllis Luz.
JACARÉ-AÇU
O Jacaré-açu é o maior e o mais perigoso da Amazônia brasileira. Alcança até 5 metros e vive cerca de 80 anos. No Pará, existem ainda o Jacaré-tinga (Caiman crocodilus) e duas espécies de Jacaré-anão (gênero Paleosuchus). Estes últimos vivem em pequenos igarapés e lagos. O Jacaré-açu está ameaçado de extinção, porque foi muito caçado para uso do couro e da carne, apreciada por muitos moradores da região. Em várias áreas da Amazônia ele está sendo preservado.

Fonte/Foto: Diário do Pará/Ilustração

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