O Santander abriu a temporada de balanço dos bancos nesta manhã, e foi com o pé esquerdo. O lucro da instituição espanhola caiu 45% no segundo trimestre, quando comparado com o mesmo período do ano passado. O resultado foi de R$ 2,3 bilhões. A alta da inadimplência seguida do aperto nos juros pegou os bancos no contrapé. O aumento de calotes reduziu os ganhos com os empréstimos e ainda forçou bancos a reforçarem suas reservas para cobrir futuros casos de inadimplência. Por outro lado, o movimento da Selic afetou os ganhos das instituições no mercado financeiro. A queda da margem financeira líquida (a receita) foi de 14,5% na comparação anual. A rentabilidade fechou junho em 11,2%, abaixo dos históricos 20% que o banco entregou a investidores por anos a fio. O lado meio cheio do copo é que o pior parece ter ficado para trás. Os números reportados pelo Santander mostram uma estabilização na inadimplência, enquanto a queda da taxa de juros brasileira ajudará a turbinar os ganhos nas operações do mercado financeiro. Fed sobe juros Enquanto o Brasil se prepara para cortes na Selic, o Fed deve promover nesta quarta um novo aumento de 0,25 p.p., elevando os juros americanos a 5,5% ao ano. Trata-se do maior patamar em 22 anos e o 11 aumento da temporada. Com a bola já cantada, o que importa para investidores é o que Jerome Powell, o presidente do Fed, dirá na entrevista que concede tradicionalmente após as decisões de política monetária. A resposta esperada é simples: 5,5% é o bastante para levar a inflação dos EUA de volta a meta de 2% ao ano? O monitor da CME mostra que a maioria dos investidores acredita que sim, com 60,5% das apostas dizendo que os juros americanos terminam o ano no patamar que o Fed deve fixar hoje. Enquanto a decisão não vem, investidores adotam uma pegada mais conservadora. Os futuros das bolsas americanas cedem, o mesmo sinal dos principais índices europeus. O petróleo também opera no negativo. O combo Santander + pessimismo lá fora tem tudo para colocar o Ibov no negativo nesta quarta. Vamos acompanhar. Bons negócios. |
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