DESTAQUES EM EXPOSIÇÃO NO LOUVRE, FOTOGRAFIAS RETRATAM MODO DE VIDA RIBEIRINHA DE SANTARÉM-PA


Fotografias são do Lago do Maicá e de pescadores no Lago do Juá, em Santarém. Exposição no carrossel do Louvre encerrará no dia 21 de outubro.
Duas fotografias que retratam o modo de vida de ribeirinhos em Santarém, no oeste do Pará, estão em exposição até o dia 21 de outubro no carrossel do Museu do Louvre, em Paris. Os registros da paisagem do Lago do Maicá e de pescadores no Lago do Juá são do fotógrafo paraense Celso Lobo.
Os registros foram capturados durante sessões que Celso fez na região em 2017 e 2018. “Eu estava passeando de lancha no Lago do Maicá para fazer umas fotos, e essa foi uma das que gostei. Já a fotografia do Lago do Juá, eu estava fazendo um ensaio fotográfico de um casal quando chegou esse pescador jogando a tarrafa (tipo de rede de pesca) e eu fiz as fotos”, disse Celso Lobo.
O fotógrafo submeteu 10 imagens à curadoria, e destas quatro foram escolhidas. Além das fotografias de Santarém, para a exposição foram selecionadas imagens de uma casa de ribeirinhos na entrada do estreito de Breves, na região do Marajó, e do túnel de Mangueiras na Praça da República em Belém.
Terceira vez no Louvre
A estreia de Celso em exposição no Louvre ocorreu em 2016, com uma foto da Praia do Atalaia, em Salinas. Em 2017 ele também conseguiu que uma foto do Lago do Juá participasse da exposição.
Para o fotógrafo, ter o seu trabalho no berço da arte mundial é uma grande conquista. Ele percebeu que os europeus se encantam pelos assuntos da Amazônia, por isso as fotografias fazem sucesso no Louvre.
“Todas as fotos que eu já trouxe para cá, inclusive em 2016 outra pessoa do Rio de Janeiro trouxe uma foto da Amazônia, chamaram atenção. As pessoas param e querem saber como é a vida na Amazônia, principalmente quando veem as casas dos ribeirinhos. Elas ficam curiosos pelas informações”, ressaltou.
Sairé no Louvre
Os planos para 2019 já estão sendo traçados pelo fotógrafo. Ele quer levar fotos do tradicional Festival do Sairé para a exposição. A festa tem mais de 300 anos de tradição no oeste paraense e congrega rituais religiosos, danças, músicas, culinária e encenação da lenda do boto, em uma programação que tem a duração de cinco dias.
“Estou com intenção de fazer um trabalho autoral no Sairé, assim como no ano passado, e trazer desde a parte religiosa até a parte profana. Esse é meu projeto para 2019”, contou.
A exposição
O Art Shopping – Salon International D’Art Contemporain de Paris é realizado durante a semana de arte contemporânea de Paris. O evento é divulgado por toda a Europa e reúne pintura, fotografia, escultura, arte digital e streetart no carrossel do Louvre. A academia organiza exposições em países diferentes, levando artistas plásticos, escultores e fotógrafos.



Fonte/Fotos: Geovane Brito, G1 Santarém — Pará/Celso Lobo

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