OPERAÇÃO DE REFLUTUAÇÃO DE REBOCADOR QUE NAUFRAGOU SÓ DEVE SER REALIZADA EM NOVEMBRO
Prazos para apresentação e avaliação do plano de reflutuação foram
anunciados nesta quarta-feira (16) em reunião com familiares dos desaparecidos.
Em
reunião realizada nesta quarta-feira (16) com a presença de representantes da
Marinha, Corpo de Bombeiros, Bertolini, Mercosul Line e familiares dos
desaparecidos em naufrágio com rebocador, foi definida a data de 5 de setembro
para apresentação dos planos de salvamento da embarcação. Já a operação de
reflutuação só deve acontecer em novembro.
A
embarcação que naufragou no dia 2 de agosto após bater no navio cargueiro
Mercosul Santos, foi localizada por meio de scanner, a 57 metros de
profundidade no Rio Amazonas, próximo ao município de Óbidos, no oeste do Pará.
Nove das 11 pessoas que estavam na embarcação no momento do acidente seguem
desaparecidas. Há possibilidade de que elas não tenham conseguido sair do
compartimento fechado da embarcação.
Técnicos
da consultoria contratada pela Bertolini apresentaram durante a reunião desta
quarta-feira, uma proposta de plano que será repassado a empresas
especializadas em salvatagem, para que as interessadas elaborem os seus planos
de salvamento.
“Foi
dado prazo até 5 de setembro para que as empresas apresentem seus planos, a fim
de que, até o dia 11 seja feita uma avaliação e até o dia 15, seja apresentado
efetivamente o plano para Marinha para aprovação. Nesse período será realizada
a mobilização dos meios que serão necessários para a reflutuação da embarcação
e assim ter acesso ao interior dela”, informou o comandante da Capitania
Fluvial de Santarém, capitão Ricardo Barbosa.
De
acordo com o capitão, em razão das dificuldades que se apresentam para esse
tipo de salvamento, a proposta é que se aguarde até o momento de baixa do rio,
que acontece normalmente em outubro e novembro para fazer a reflutuação.
“Quando o nível do rio está mais baixo, a tendência é a velocidade da
correnteza diminuir, porque é a forte correnteza que tem atrapalhado as
operações de mergulho. As empresas precisam fazer todo um planejamento, para
que a operação seja feita com segurança. O objetivo desse planejamento é que
não haja mais desaparecimentos”, frisou.
Sobre
a liberação do navio Mercosul Santos para seguir viagem, capitão Ricardo
Barbosa explicou que toda a tripulação já havia sido ouvida tanto no inquérito
policial quanto no administrativo. A Mercosul Line solicitou a liberação da
embarcação e os tripulantes já haviam sido liberados pelos encarregados dos
inquéritos. “Não havia motivo para a que a embarcação continuasse na área do
acidente. Ela seguiu para inspeção e a classificadora deu o laudo positivo,
então a Capitania teve que liberar o navio para ele seguir viagem”, ressaltou.
Os
familiares dos desaparecidos no naufrágio não saíram nada satisfeitos na
reunião. Para eles, a Bertolini não está se empenhando para o salvamento da
embarcação que naufragou.
Fonte/Foto: Silvia Vieira – G1
Santarém/Reginaldo Balieiro
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