RIO NEGRO APRESENTA VAZANTE EM ÉPOCA DE CHEIA E ESTÁ ABAIXO DO ÍNDICE DE 2015


Há um mês, o Rio Negro vinha apresentando oscilação e, há dois dias, começou a vazar, segundo Serviço Hidrográfico do Porto de Manaus.

É a quinta vez que fenômeno é registrado em 26 anos.
Há um mês, o Rio Negro vinha apresentando oscilação e, há dois dias, começou a vazar, segundo Serviço Hidrográfico do Porto de Manaus. Foto: Eraldo Lopes
Em plena época de cheia, o Rio Negro vem apresentando vazante atípica e, nesta sexta-feira, a cota registrada pelo Porto Privatizado de Manaus foi 3,80 metros menor que o indicativo apontado no ano passado. Conforme o chefe do serviço hidrográfico do Porto de Manaus, Valderino Pereira da Silva, esta é a quinta vez em 26 anos que este tipo de fenômeno é observado.
Apresentando oscilações desde o início de janeiro, a cota do Rio Negro fechou esta sexta-feira com vazante de três centímetros. Isso ocorre, de acordo com o pesquisador em geociências do Serviço Geológico do Brasil, da Companhia de Recursos e Produção Mineral (CPRM), André Santos, por causa da vazante em Tabatinga e no município de São Gabriel da Cachoeira.
“Três bacias mandam água para a região de Manaus, além do solimões, da cabeceira do Rio Negro o Rio Branco também está com vazante isso trás reflexo para Manaus há, pelo menos, três semanas. Acredito que ainda este mês volte a encher e normalizar a cota do Rio”, disse.
O pesquisador esclarece que, o fenômeno de oscilação e estacionamento da cota é diferente do repiquete. Segundo o CPRM, o repiquete se caracteriza pelo período de subida em sequência, seguido de uma acelerada vazante do rio.
Segundo Valderino, o fenômeno deste ano ocorreu, ainda, nos anos 2000, 2002, 2004 e o último em 2007, sendo que em 2016 alcançou a menor cota registrada para a data.
Para Valderino, a baixa incidência de chuvas, provocada pelo fenômeno El Niño, é a principal causa do baixo nível das águas, mas o chefe serviço hidrográfico vê com normalidade a vazante. Segundo ele, apenas as pessoas que moram em comunidades ribeirinhas têm percebido a vazante atípica para esta época do ano.
A navegação no município de São Gabriel da Cachoeira está prejudicada por causa da vazante na localidade conforme o pesquisador do CPRM, André Santos. Segundo ele, até o fim do mês de fevereiro, tendo em vista a recuperação no município de Tabatinga, a situação deve ser normalizada.

Fonte/Foto: Giselle Rodrigues - DIÁRIO do Amazonas -  portal@d24am.com/Eraldo Lopes

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