SANTARÉM-PA: DEFESA CIVIL EM ALERTA COM ENCHENTE DOS RIOS TAPAJÓS E AMAZONAS
Água já toma conta da Avenida Tapajós. |
Agência Nacional de Águas informa que Rio Tapajós está
26 cm acima da cota de alerta
Considerado o período mais
chuvoso do ano, quando a cheia dos rios Tapajós e Amazonas deixa ruas, casas e
lojas inundadas em cidades da região Oeste do Pará, o mês de abril reservou uma
surpresa para os comerciantes do centro de Santarém. Em menos de dois meses, o
nível do rio Tapajós passou de 5.8 metros, no dia 3 de março último, para 7.36,
nesta segunda-feira, 20, de acordo com a medicação da régua da Agência Nacional
de Águas (ANA), instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP), em
Santarém.
Com essa marca, o rio
supera em 0,26 cm a cota de alerta que é de 7,10 metros, segundo a Secretaria
Nacional de Defesa Civil.
Preocupados com os
impactos negativos que o comércio vem acumulando nos últimos anos devido à
inundação da área comercial, a Associação Comercial e Empresarial de Santarém
(ACES), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Lojista de
Santarém (Sindilojas) reuniram com a Defesa Civil e Secretaria Municipal de
Infraestrutura para esclarecer a ações que estão sendo organizadas para
minimizar os transtornos neste período de enchente.
O coordenador da Defesa
Civil, Darlison Maia, garantiu que serão colocadas duas bombas na Avenida
Tapajós, ainda nesta semana, para escoar a água da galeria. Já foram licitadas
10 bombas para serem instaladas conforme a necessidade. A Secretaria Municipal
de Infraestrutura (Seminfra) informou que já instalou a primeira ponte de
acesso na Avenida Tapajós com a Travessa Padre João. Sobre a madeira para
construção de acesso em toda a área comercial foi dito que o IBAMA já cedeu
toras de madeiras.
O presidente da ACES,
César Ramalheiro, reforça que a preocupação das entidades é quanto à garantia
de funcionamento do comércio nestes meses que águas invadem a área comercial.
“Nós estamos com um certo conforto em relação a enchente de 2009 e ano passado,
mas estamos atentos, pois de repente, podemos ser surpreendido com uma forte
chuva e a tendência é que os comércios aqui, principalmente da área do mercado,
sejam inundados, em função disso é necessário que as bombas estejam
funcionando”, comentou o presidente.
A Defesa Civil ressalta
que tem monitorado a subida do rio diariamente e aponta uma subida inferior ao
ano de 2014. Segundo Darlison Maia, baseado nos comparativos de anos anteriores
a previsão que a cheia deste ano não atinja o centro comercial. “Neste mês de
abril o nível do rio tem subido dois centímetros por dia, enquanto que nos anos
anteriores subia de dois a quatro centímetros, e o nível do rio tem se mantido
abaixo do ano de 2014, por isso a previsão nossa é que não tenhamos maiores
transtornos, mas estamos em alerta”, afirma.
Fonte/Foto:
RG 15 - O Impacto
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