SURF NA POROROCA MELHORA ECONOMIA DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM-PA
Dezessete anos depois da
primeira edição do Surf na Pororoca, o município de São Domingos do Capim não é
mais o mesmo. O tempo passa, a economia cresce e o evento ajuda a cidade a
ganhar visibilidade. As mudanças são notadas por qualquer um que passa pela cidade
periodicamente, mas os números também atestam o crescimento.
Em 1997, quando o Surf na
Pororoca começou, São Domingos do Capim tinha apenas 1.255 pontos de consumo de
energia elétrica, número que subiu para 5.921 em 2013. De 2000 a 2012, o número
de estabelecimentos comerciais com funcionários subiu de 21 para 65.
Para a diretora de
Produtos Turísticos da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Conceição
Silva, o evento dinamiza o fluxo turístico local. “O Surf na Pororoca
particulariza o município e o Estado. Nos dá um potencial maior de promoção por
gerar identidade ao produto turístico. Por isso vamos trabalhando ações em
qualificação profissional para que eles saibam receber e empreender, vender.
Além disso, como a cidade é pequena, influenciamos a própria comunidade a
praticar hospedagem alternativa”, afirma.
Um crescimento gerado por
incentivo e necessidade. “Estamos desde 2012 promovendo a política de turismo
por segmentos. Em São Domingos temos o turismo de aventura, no segmento dos
esportes náuticos. Com esse foco a gente consegue organizar os investimentos,
treinamento de garçons, cozinheiros, artesãos, porque esses serviços aumentam
em demanda nessa época”, acrescenta a diretora.
Um evento grande
transforma a cidade, traz organização. “É gigantesca a mudança. A maioria das
ruas não tinha asfalto, para se chegar aqui demorava muito tempo. Aqui na orla
não havia esses quiosques, não estava nada arrumado. Quando eu cheguei, percebi
tudo isso”, comentou o surfista Ricardo Tatuí (foto acima), que foi campeão da
primeira edição do Surf na Pororoca de São Domingos do Capim.
As festas e programações
mobilizam a economia. Uma testemunha disso é Manoel Antônio Teixeira, conhecido
pela cidade como “Barriga”. A Pororoca passa bem em frente à casa dele. A vista
privilegiada fez surgir o “Mirante do Barriga”, localizado há 16 quilômetros de
distância do centro do município. “Moro aqui há 15 anos aí comecei a correr
atrás disso. Ela passa aqui e às vezes enche tudo, é conforme a chuva. No
inverno é sempre melhor. Quando eu vim para cá não tinha nada, agora vou
fazendo parceria e arrumando o espaço para as pessoas verem a pororoca da minha
casa e aproveito para ganhar um dinheiro. A gente vende comida, bebida, põe
música para receber bem essas pessoas. Às vezes até me acanho porque é muita
gente e gente de fora”, revela.
Fonte/Foto: Gabriela
Azevedo - Sidney Oliveira – Secretaria de Estado de Comunicação
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