BELÉM-PA: EM CARTAZ NA UNIPOP, “ÓPERA PROFANO” CONVIDA PÚBLICO A ASSINAR PETIÇÃO CONTRA HOMOFOBIA A PARTIR DESTA QUARTA




Casos de intolerância à homoafetividade cometidos, inclusive, por figuras públicas motivaram a produção do espetáculo a se engajar. 
Casa lotada em pleno início de semana, após a maratona do Círio, para assistir um espetáculo teatral local. Assim foi a estreia, nesta terça, 14.10, na Unipop, da nova versão de Ópera Profano, peça criada pelo dramaturgo paraense Carlos Correia Santos e montada pela Companhia Teatral Nós Outros, com direção de Hudson Andrade. O enredo, já premiado em Manaus, chama a atenção do público pela provocação de unir no mesmo palco o sagrado e o profano. Uma travesti, chamada Tota, furta a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, antes da trasladação sair, e se esconde com ela dentro do Cine Ópera. O tema vem à cena num momento em que a sociedade brasileira vê acontecer vários casos de ataques motivados pela intolerância à homoafetividade. Agressões físicas e verbais, proferidas, inclusive, por personalidades da cena política. A produção do espetáculo resolveu, então, que a partir desta quarta, dia 15, o público que for a Unipop será convidado a assinar uma petição pública que pleiteia a criminalização da homofobia. A peça seguirá em cartaz até o dia 18, sábado, sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 20,00 (com meia para estudantes).
“Ópera Profano” traz no elenco Nilton Cézar (Baby), Luiz Girard (Mira), Jadylson de Araújo (Tota), Danilo Monteiro (Ângelo), Heythor Costa (Lucas), Marlene Silva (A Misteriosa), Lady Guimarães (Conselheira 01) e Karina Lima (Conselheira 02). Carlos Correia Santos está também em cena, ao violão e cantando as músicas que compôs para o texto. Completando o time musical, ao lado de Correia, estão o guitarrista Angelo Silva e o baixista Pedro Soares. A consultoria de figurinos é de Anibal Pacha e a direção de luz é de Sônia Lopes.
ENGAJAMENTO
O atual projeto de montagem de “Ópera Profano” está completamente comprometido com o engajamento. Desde a preparação dos atores até a campanha de divulgação. Nas redes sociais, a campanha “Eu Dou Minha Cara a Tapa” mostra os membros da equipe e pessoas do público, que se voluntariaram, usando elementos do universo trans. No início do processo, o estudo do universo LGBT motivou a produção do espetáculo a criar eventos que serviam para instrumentalizar os atores, mas também funcionavam como palestras públicas. Assim, surgiu o projeto Terças Profanas que, ao longo de três semanas, abordou temas como violência homofóbica, direitos homoafetivos e a convivência com o vírus HIV. Participaram desses encontros artistas e estudiosos, como Kauan Amora, Rafael Ventimiglia, Hugo Mineirinho, Eduardo da Amazônia, Iracy Vaz, Bruna Lorrane e Milton Ribeiro.
SERVIÇO:
Ópera Profano, montagem da Companhia Teatral Nós Outros. Em cartaz até o dia 18 de outubro, às 20h, no Porão Cultural da Unipop (Senador Lemos, 557, entre Dom Pedro I e Dom Romualdo de Seixas).Público pode assinar petição contra a homofobia ao final das sessões. Ingressos: R$ 20,00 com meia para estudantes. Apoio: Unipop, Atores em Cena, Casa da Cultura Digital Pará, Versivox e Parla Página.
FICHA TÉCNICA
Ópera Profano, um espetáculo de Carlos Correia Santos
(Obra vencedora do Prêmio Literário Cidade de Manaus)
ELENCO:
Nilton Cézar (Baby)
Luiz Girard (Mira)
Jadylson de Araújo (Tota)
Danilo Monteiro (Ângelo)
Heythor Costa (Lucas)
Marlene Silva (A Misteriosa)
Lady Guimarães (Conselheira 01)
Karina Lima (Conselheira 02)
Banda do selo Versivox
Carlos Correia Santos: melodias, violão, voz, direção musical
Angelo Silva: arranjos e execução de guitarra
Pedro Soares: arranjos e execução de baixo
Direção de luz:
Sônia Lopes
Consultoria de figurinos:
Anibal Pacha
Assessoria de comunicação:
Parla Página
Direção geral, figurinos, coreografias e cenografia:
Hudson Andrade
Realização:
Companhia Teatral Nós Outros

Fonte/Foto: Parla Página

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