PARINTINS-AM: PÂNICO TOMA CONTA DA CIDADE APÓS REBELIÃO COM DUAS MORTES NO PRESÍDIO PÚBLICO
Duas mortes, um
decapitado, medo, pânico, terror e um sistema prisional falido. A bomba relógio
em pleno centro da cidade explodiu na tarde desta segunda-feira, 01, e deixou
duas vítimas fatais e uma população assustada.
De acordo com as
informações divulgadas pelo diretor da Unidade, Bosco Paulain, a confusão teria
sido gerada no início da tarde por conta de uma televisão. O causador do
problema teria sido o detento Ronaldinho que imediatamente foi retirado do
local.
O Jornalismo Alvorada
apurou que o motivo real da confusão não teria sido motivado apenas por uma TV,
mas detentos rivais começaram a acertar suas contas dentro da unidade. Paulain
informou que por volta das 14 horas o detento conhecido como Fion começou a
incitar a violência, foi quando os detentos começaram a quebrar os cadeados e
abrirem as celas e iniciaram a rebelião.
O repórter do Sistema
Alvorada de Comunicação, Judson Lima, conversou com um detento que confirmou
que alguns xerifes impuseram suas ordens dentro da unidade e abusavam das
esposas e familiares de outros presos para que eles pudessem se manter vivos
dentro da unidade prisional.
Durante a rebelião as
autoridades ainda tinham informações desencontradas em torno do que realmente
ocorria dentro da unidade. Parentes de
presos conseguiram se comunicar por telefone com quem estava dentro da unidade.
A polícia ainda isolava o
local e tentava tomar conhecimento do que realmente ocorria dentro da unidade
quando o detento Admil da Silva de 59 anos foi decapitado e teve a cabeça
lançada para o lado de fora da unidade prisional de Parintins
A cena foi de horror. Pessoas
entraram em pânico - e o recado dos detentos tinha sido dado. Até então nenhuma
tentativa de negociação ainda tinha sido iniciada. Quando a polícia se
aproximava os detentos lançavam pedras contra os militares.
Antes da rebelião explodir
os presos e funcionários da cozinha foram retirados entre eles estava o ex-
vereador, João Nascimento Pontes, que passou mal e teve que ser levado para
atendimento. O carcereiro sem alternativa teve de entregar as chaves para os
presos. Os encarcerados que foram retirados que estão condenados foram levados
para a escola sociedade Pestalozzi.
Como reivindicação os
presos lançaram para fora todo o material que estava na cozinha do presídio e
ainda a mão de Admil que ainda teve seu corpo jogado numa fogueira armada na
entrada da unidade para evitar a entrada da Polícia. Já era noite quando
identificaram um dos líderes o detento conhecido como Juvenal e mais outro 4
pessoas que estariam causando terror dentro da unidade.
Nas primeiras negociações
com a polícia os detentos solicitaram a presença da pastoral carcerária, dos
direitos humanos, juízes, advogados e autoridades que pudessem garantir a
integridade dos presos.
A empresa Amazonas Energia
suspendeu o fornecimento de energia para a unidade. A partir daí, o detento
identificado como Cícero começou a exigir a negociação tento como refém o
detento, Paulo Eliezer, que estava bastante ferido. A cada nova aparição sobre
o muro da unidade prisional um pedaço de ferro como se fosse uma espada era colocado
no pescoço da vitima
O defensor Público de
Parintins Nairo Aguiar Toledo foi até o local e ouviu as reivindicações dos
detentos e comentou a situação aos jornalistas e repórteres que cobriram a
rebelião. A cada tentativa de negociação a polícia conseguia convencer para a
liberação dos detentos Acompanhe o momento em que a polícia prepara a saída de
mais um grupo de detento.
Já se aproximava das 22
horas quando a polícia conseguiu retirar todos os detentos de dentro da unidade
e constaram que Paulo Eliezer o refém usado como escudo humano durante toda a
tarde estava morto.
A rebelião estava
encerrada o Major Valadares Jùnior em coletiva de imprensa informou quais os
procedimentos tomados em relação a unidade prisional ainda na noite de ontem.
Na manhã desta
terça-feira, 02, a Polícia Militar faz a contabilidade dos prejuízos no
presídio. Por enquanto os presos ainda continuam na Escola Estadual João Bosco
e na Sociedade Pestalozzi.
Fonte/Fotos:
Carlos Alexandre –alvoradaparintins.com.br/Reprodução Facebook
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