SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS ANUNCIAM GREVE EM FARO, PA


Greve inicia nesta terça-feira (22) e segue por tempo indeterminado.
Servidores estão descontentes com projeto de lei sobre remuneração.
Os servidores públicos municipais de Faro, no oeste do Pará, anunciaram greve a partir desta terça-feira (22) por tempo indeterminado. A intenção é protestar contra um projeto de lei, proposto pela prefeita Marinete Machado, sobre a remuneração de alguns trabalhadores.
De acordo com o presidente do sindicato que representa a categoria, Eneias Torres, está programada uma passeata pelas ruas da cidade, passando em frente à Câmara Municipal e à Prefeitura. Segundo ele, o projeto propõe corte da regência de classe dos professores e a hora-atividade. Além disso, a pauta de reivindicação ainda inclui o pagamento de salários atrasados, reajuste no salário dos servidores da educação, entre outros problemas. “Não queremos entrar em greve, mas estamos sentindo forçados. A intenção não é grevar”, disse.
Segundo a prefeita de Faro, Marinete Machado, o projeto corta apenas a regência de classe para os servidores da educação porque, segundo ela, está incluído no piso salarial nacional. Ainda de acordo com a prefeita, o corte é necessário, uma vez que o repasse de verbas do governo federal diminuiu com a redução da população farense. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em 2010, Faro tinha 8.177 habitantes, enquanto em 2013, o número de habitantes caiu para 7.680. No município, há aproximadamente 600 servidores públicos municipais.
“O município vive o pior momento da sua história. Prestei conta em 2013 e o gasto com pessoal foi de quase 74%, enquanto a Lei de Responsabilidade Fiscal diz que só pode até 54%. É difícil, é dolorido, mas o município tem que se ajustar. Eu, como gestora, não posso segurar o município com o pagamento sendo a maioria do pessoal da educação. O recurso do Fundeb é quase todo para a folha de pagamento, enquanto falta material didático e manutenção nas escolas. A perda de população levou à perda de repasse de verbas de 1.2 para 0.6”, explicou a prefeita.

Fonte/Foto: g1.globo.com/z fioravante

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