PARÁ REALIZA PRIMEIRO CASAMENTO COMUNITÁRIO HOMOAFETIVO
Dezoito casais homossexuais disseram o "sim" em Belém.
Em pleno Dia Mundial do Orgulho Gay, dezoito casais disseram o
"sim" nesta quinta-feira (28), em Belém, no primeiro casamento
comunitário homoafetivo do Pará. A cerimônia foi oficializada pelo juiz José
Antônio Ferreira. O evento foi promovido pela Defensoria Pública do Estado, em
parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e
Prefeitura Municipal de Marituba.
É um momento único nas nossas vidas. Essa cerimônia nos torna
igual perante a lei, com todos os direitos que os casais heterossexuais têm.
Agora, construiremos uma família e teremos a certeza de que os nossos direitos
estão garantidos”, afirmou Cristiane Freire, que já mantinha uma relação
estável com Marjonie Freire há oito anos.
“Hoje eu me sinto igual, pois estou consolidado o amor que sinto
por ela. É uma conquista para todos nós que sonhamos com o casamento
igualitário”, completou Marjonie. Para elas a cerimônia foi um marco na
história da população de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais no
Pará.
Outro casal que oficializou a relação foi Jairo e Elvis Santos.
Para Jairo, a relação de quase uma década reforçou o sentimento de ambos. “O
casamento reafirma a relação. A questão da legalidade não se resume a casar e
fazer com que as pessoas notem nosso amor, mas que todos entendam que temos
direitos”, assegurou. Com a grande procura da comunidade LGBT do Estado, o
Governo do Pará pretende fazer outro casamento comunitário homoafetivo ainda
este ano.
Antes
apenas união era reconhecida
Antes, a união homoafetiva era firmada apenas por um contrato
estável, mas com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de maio de 2011,
os casamentos civis de casais do mesmo sexo passam a não só entregar certidões,
como também a garantir direitos – isto é, com o reconhecimento e benefícios
assegurados.
“Considero este casamento uma grande conquista para a comunidade
LBGT do Pará, pois o movimento luta há anos por essa causa. Agora sim, esses
casais terão todos os direitos garantidos, direitos estes que antes estavam
restritos a casais heterossexuais”, disse o coordenador estadual de Proteção à
Livre Orientação Sexual, Samuel Sardinha.
A defensora pública Rossana Parente observou que a iniciativa
partiu do Centro de Referencia e Combate à Homofobia, da Defensoria, que há
dois anos tem formação voltada para oficialização das relações homoafetivas.
“Durante muito tempo, os direitos que são assegurados a qualquer ser humano
foram negados a essas pessoas”, completou o defensor público Sérgio Lima.
Fonte/Foto:
G1 PA/Igor Moto – Amazônia Jornal
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